luz apagada
tenho a impressão de que quando alguém se vai, uma luz da casa apaga.
sabe como é? mesmo em uma casa cheio de brilho, tintas, cores. quando alguém morre e se despede da vida com pressa, é como se a luz de um cômodo se apagasse abruptamente, com um fio de faca cortando os fios de luz, dando lugar à uma escuridão persistente e um tanto triste. sinto que a escuridão contrasta com o resto do ambiente, afinal de contas tudo persiste: a geladeira continua fazendo barulho de madrugada, ainda há vestígios de vida no chinelo espalhado debaixo da cama ou na tampa do iogurte deixada em cima da mesa. e os vestígios permanecem, quando se escuta uma música de que o falecido tanto gostava, ou um programa, ou qualquer outra coisa que ainda tem vida...e que nos lembra que é isso. que a vida continua, apesar do cômodo escuro no meio da casa - que por sua vez nos lembra que nada nunca mais vai ser igual. é como ter um buraco negro no meio do lar, um pesadelo que se passa todo santo dia, um vazio no peito que nunca mais vai ser preenchido. e que para passar por essa vida você vai ter que aprender a conviver com esse novo sistema, esse quase-novo-mundo, ao qual você é obrigado a conviver, a contornar, a dar um jeito. e vai doer. toda vez que você olhar praquele quarto escuro, apagado, os fios cortados contrastando com todas as cores dos seus quadros, das suas paredes, da sua vida.
sabe como é? mesmo em uma casa cheio de brilho, tintas, cores. quando alguém morre e se despede da vida com pressa, é como se a luz de um cômodo se apagasse abruptamente, com um fio de faca cortando os fios de luz, dando lugar à uma escuridão persistente e um tanto triste. sinto que a escuridão contrasta com o resto do ambiente, afinal de contas tudo persiste: a geladeira continua fazendo barulho de madrugada, ainda há vestígios de vida no chinelo espalhado debaixo da cama ou na tampa do iogurte deixada em cima da mesa. e os vestígios permanecem, quando se escuta uma música de que o falecido tanto gostava, ou um programa, ou qualquer outra coisa que ainda tem vida...e que nos lembra que é isso. que a vida continua, apesar do cômodo escuro no meio da casa - que por sua vez nos lembra que nada nunca mais vai ser igual. é como ter um buraco negro no meio do lar, um pesadelo que se passa todo santo dia, um vazio no peito que nunca mais vai ser preenchido. e que para passar por essa vida você vai ter que aprender a conviver com esse novo sistema, esse quase-novo-mundo, ao qual você é obrigado a conviver, a contornar, a dar um jeito. e vai doer. toda vez que você olhar praquele quarto escuro, apagado, os fios cortados contrastando com todas as cores dos seus quadros, das suas paredes, da sua vida.
e tudo bem você tentar acender a luz de vez em quando.
Comentários
Suzi
http://suzilima.tumblr.com/
saudades!
Espera, que esse choque é maravilhoso.
Sorte forte nessa vida, segui voce,Flá.
Abraço =**
Peça a Deus conforto.
Obrigada de coração e beijinhos!
Belo texto...
Fica bem e não se preocupe. A luz continuará acesa. :)
Um beijo.
um beijo