happy valentine's day
você já sentiu como se vivesse uma cena de filme?
pois naquele dia, ele sentiu. depois de tanto tempo, encontrar com ela, ali, do outro lado do mundo no meio de uma viagem parecia coincidência demais. fazia um frio desgraçado, ele estava todo bagunçado e ela ali, parada. será que ela me viu? no mesmo instante ela se virou, um gorro alaranjado na cabeça e fez uma expressão de susto, primeiro andando devagar, pra depois quase correr até chegar ao lado dele. enquanto isso, ele fervilhava. caraca, será que tinha bebido tanto assim? existe oásis em pleno inverno, fora do deserto? e então o abraço apertado, demorado, longo, o "o que é que você está fazendo aqui", a vontade de não largar, de colocar a mão no rosto um do outro, de tirar a luva pra poder tocar. como ela estava linda! os olhos continuavam assim grandes daquela cor esquisita (linda!) e tinha as bochechas tão cor de rosa, o nariz vermelho. e ele toda bagunçado, caramba, todo bagunçado, uma peça não combinava em nada com a outra, meu Deus, que azar, que azar. e ela secretamente achando ele todo lindo, maldizendo o bendito gorro cor de laranja, a ausência de maquiagem, gorda como um boneco de neve. se olharam por um tempo demorado e ali disseram tanto, quase tudo, sem falar uma palavra. abraçaram-se de novo. e tremiam por dentro e por fora. "olha só, eu estou até tremendo. e não é de frio não, viu", "eu sei, eu sei, eu também". "meu Deus, do outro lado do mundo, quem ia dizer, que coincidência é essa?", "mas não era você quem dizia que não existe coincidência?". riram, tortos. e então os acompanhantes chegaram. os respectivos namorados e namoradas.
apresentaram-se atrapalhados e sentiram como se um gelo quebrasse, ou melhor, que uma barreira de gelo se construísse bem ali no meio dos dois. não eram mais dois, eram quatro. abraçaram-se, trocaram telefones e não conseguiam mais ver paisagem nenhuma, monumento nenhum, neve nenhuma. a cada passo que os distanciava só fazia com que o coração se aproximasse das lembranças, dos cheiros, dos gostos. o pensamento dele lá longe, nela. como o tempo pode passar tanto, e o sentimento ser tão igual?
pois naquele dia, ele sentiu. depois de tanto tempo, encontrar com ela, ali, do outro lado do mundo no meio de uma viagem parecia coincidência demais. fazia um frio desgraçado, ele estava todo bagunçado e ela ali, parada. será que ela me viu? no mesmo instante ela se virou, um gorro alaranjado na cabeça e fez uma expressão de susto, primeiro andando devagar, pra depois quase correr até chegar ao lado dele. enquanto isso, ele fervilhava. caraca, será que tinha bebido tanto assim? existe oásis em pleno inverno, fora do deserto? e então o abraço apertado, demorado, longo, o "o que é que você está fazendo aqui", a vontade de não largar, de colocar a mão no rosto um do outro, de tirar a luva pra poder tocar. como ela estava linda! os olhos continuavam assim grandes daquela cor esquisita (linda!) e tinha as bochechas tão cor de rosa, o nariz vermelho. e ele toda bagunçado, caramba, todo bagunçado, uma peça não combinava em nada com a outra, meu Deus, que azar, que azar. e ela secretamente achando ele todo lindo, maldizendo o bendito gorro cor de laranja, a ausência de maquiagem, gorda como um boneco de neve. se olharam por um tempo demorado e ali disseram tanto, quase tudo, sem falar uma palavra. abraçaram-se de novo. e tremiam por dentro e por fora. "olha só, eu estou até tremendo. e não é de frio não, viu", "eu sei, eu sei, eu também". "meu Deus, do outro lado do mundo, quem ia dizer, que coincidência é essa?", "mas não era você quem dizia que não existe coincidência?". riram, tortos. e então os acompanhantes chegaram. os respectivos namorados e namoradas.
apresentaram-se atrapalhados e sentiram como se um gelo quebrasse, ou melhor, que uma barreira de gelo se construísse bem ali no meio dos dois. não eram mais dois, eram quatro. abraçaram-se, trocaram telefones e não conseguiam mais ver paisagem nenhuma, monumento nenhum, neve nenhuma. a cada passo que os distanciava só fazia com que o coração se aproximasse das lembranças, dos cheiros, dos gostos. o pensamento dele lá longe, nela. como o tempo pode passar tanto, e o sentimento ser tão igual?
por que diabos o destino os colocaria ali, lado a lado, do outro lado do mundo, em pleno valentine's day (senão por amor)?
Comentários
Gosto demais dos seus textos.
PARABÉns
beijos
:)
Texto favoritadíssimo!
beijos :)
"CoincidÊncia é o que qualquer coisa não é"?
Bom texto =*
Vou me permitir sonhar hoje e a responsável é você. Lindo!
Beijo!
=)
PS. estou lendo "pequena abelha" por sua causa!