interrogação
é como se eu tivesse demorado mil anos pra desenhar esse ciclo e agora eu finalmente visse ele fechando.
como se eu conseguisse ver as duas pontas do círculo se encontrando totalmente, como deve ser. um símbolo perfeito de conclusão. de feito. de tá pronto. e meio que ao mesmo tempo, desesperada por não saber qual passo dar adiante, sinto uma necessidade maluca de me agarrar à esse lápis e continuar desenhando alguma coisa, porque não sei deixar papel em branco. eu não sei viver na lei do mínimo esforço. eu não sei deixar as coisas como estão. eu não sei deixar pra lá e eu sempre tive um medo danado do futuro. eu acho que é isso, você entende? eu tenho medo do futuro. eu sei, isso é ridículo, ainda mais para uma menina de 22 anos. você vê, mesmo sem querer eu escrevi menina. isso quer dizer que é assim que eu me vejo? mas onde é que eu estava mesmo? sim, no lápis apertado na mão, a ponta grossa que eu detesto. alguém me diz mas eu quase não escuto, que o certo era parar, respirar, apontar direito a ponta pra fazer perfeito, mas o medo me sugere que eu siga adianta quase que no desespero. não quero fazer nada mal feito, mas não quero parar. devo. mas quantas vezes eu mesma não me obedeço? fico aqui parada olhando o papel em branco, o lápis na mão e um desenho rabiscado. é o futuro, mas eu ansiosa, só vejo um ponto de interrogação.
como se eu conseguisse ver as duas pontas do círculo se encontrando totalmente, como deve ser. um símbolo perfeito de conclusão. de feito. de tá pronto. e meio que ao mesmo tempo, desesperada por não saber qual passo dar adiante, sinto uma necessidade maluca de me agarrar à esse lápis e continuar desenhando alguma coisa, porque não sei deixar papel em branco. eu não sei viver na lei do mínimo esforço. eu não sei deixar as coisas como estão. eu não sei deixar pra lá e eu sempre tive um medo danado do futuro. eu acho que é isso, você entende? eu tenho medo do futuro. eu sei, isso é ridículo, ainda mais para uma menina de 22 anos. você vê, mesmo sem querer eu escrevi menina. isso quer dizer que é assim que eu me vejo? mas onde é que eu estava mesmo? sim, no lápis apertado na mão, a ponta grossa que eu detesto. alguém me diz mas eu quase não escuto, que o certo era parar, respirar, apontar direito a ponta pra fazer perfeito, mas o medo me sugere que eu siga adianta quase que no desespero. não quero fazer nada mal feito, mas não quero parar. devo. mas quantas vezes eu mesma não me obedeço? fico aqui parada olhando o papel em branco, o lápis na mão e um desenho rabiscado. é o futuro, mas eu ansiosa, só vejo um ponto de interrogação.
Comentários
Sorte! =**
Gostei daqui ;)
beijo
acredito porque elas fazem com que busque sempre mais, e mais, e mais,
Bjkas