A tal ansiedade


Chega logo, essa hora que não passa! É o telefone que não toca, a hora que não passa, o aperto que não sara. Viver na ansiedade não é tarefa fácil. É tentar prever o futuro e sempre se enganar no final, é querer chegar antes da hora, é querer alcançar o imprevisível, é tentar alcançar o inatingível. Sofrem os ansiosos. Eu sofro horrores.


Como é de praxe, não sei de onde essa doidera surgiu, mas as unhas fracas são consequência de uma infância de muita unha roída pela ansiedade. Sou daquelas que não dorme antes de prova, de festa, de dia importante. Daquelas que prevê mil finais pra mesma história e acaba escolhendo um completamente novo no final. Sofro com medos, esperas, com a idade. Outro dia me peguei aos prantos com medo das rugas da meia idade - prova de semi-loucura quando ainda não se alcançou nem os 20 anos de idade. Mas comigo é mesmo assim, acabei me acostumando. Posso não ser metódica, mas vivo a espera de todos os acontecimentos e traçando outros tantos planos.


Não que ser ansiosa seja um presente, muito pelo contrario, acho até que é um dos meus defeitos mais perceptíveis. Mas aprendi a lidar comigo mesma e hoje sou muito mais atenta àos sinais da maldita como as mão na boca, o buraco no estômago e o choro aparentemente sem razão. Desta maneira, tento, ao meu jeito, controlar os efeitos dessa praga. Afinal de contas, a gente até tenta, mas não dá pra ser perfeito, dá?

Comentários

Postagens mais visitadas