De volta para o futuro

"Quanta coisa a gente faz, depois quer voltar atrás..."
Pular amarelinha, brincar de lousa, brincar de areia. Passa-anel, barra-manteiga, pega-pega corrente. Mamãe-filhinha, Barbies, No Mundo da Lua e Chiquititas. Chamem de nostalgia precoce ou do que quiserem, mas se eu pudesse voltar para o meu passado sem dúvidas eu viveria a minha infância de novo. Eu não me vejo mudando muita coisa, só vivendo cada pedacinho daquela inocência onde o maior problema era decidir qual roupa colocar na Barbie. Que delícia voltar para os oito anos onde eu podia comer Kit Kat e quinhentas mil balas Frutella e Sete Bello sem ter nenhuma preocupação de engordar. Que delícia gostar do Zezinho na sexta e me apaixonar pelo Joãozinho na segunda! Ah viver aquele mundo sem preocupações, sem deveres é coisa tão boa e tão distante hoje em dia, que eu voltava, voltava e aproveitava todos os meus momentos com o meu tio brincalhão e meu vô babão. Se eu pudesse voltar para minha infância entrava em todos os pula-pulas, mergulhava em toda e qualquer piscina de bolinha e escorregava em todos os tobogãs. Nada melhor do que voltar para a casa cheia, as festas de aniversário com a dança da cadeira e estourar todas as bexigas no final. Viveria a infância com todos os apetrechos possíveis e entraria de novo na única fase da vida onde desconhecemos a palavra preocupação.

"Ah, quando eu chegar nos trinta!"
Eu estou naquela fase em que cada um dos meus passos determina quem eu vou ser mais pra frente. Estou no meio da faculdade, terminei meu curso de inglês, não fumo para não estragar meu pulmão e nunca experimentei nenhuma droga com medo de ficar viciada e chegar nos trinta morrendo.
Como toda boa otimista, quero chegar aos 30 na minha melhor fase. Ter um corpão enxuto, uma cabeça aberta, e uma vida viajada. Quero ter namorado muito, e ter aquietado o facho com um casamentão, daqueles maridões tipo Cauã Reymond, com carro do ano e mansão. Aos trinta eu quero estar tranquila e realizada profissionalmente, trabalhando como chefe de ediria de moda, quem sabe na Vogue ou na Elle? Vou estar pensando em abrir a minha fabriqueta de filhos, dos cinco que eu quero ter durante a vida.
E espero como diz o Bial, chegar lá sem endurecer como todos os adultos auto-mergulhados em sua própria vida que nem se enxergam direito. Quero ter consciência de mim e dos outros e ser imensamente feliz. E se vocês estão achando muito, me deixem ser! Dizem que é sonhando que se alcança, gente!

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