TOP 5 livros 2018 - Americanah (4)

Em 2018 eu tive a chance de ler dois livros de Chimamanda Ngozi Adichie, o que foi suficiente para entender que vou amar tudo o que esta mulher resolver escrever. Hibisco Roxo foi minha primeira experiência com a autora, mas Americanah é que ganhou meu coração.



No livro, conhecemos a história de Ifemelu, uma menina nigeriana que cresce nos anos 90 em meio às mudanças políticas que afetavam a Nigéria. Ifemelu tem também uma importante relação com Obinze, um rapaz para quem ela dá seu coração e que traça grande parte da importância desta narrativa. De alguma maneira, os Estados Unidos torna-se o lar de um desses personagens, o que vem a acarretar dificuldades nesse romance. 

Porém, podemos afirmar com toda a certeza que o relacionamento entre Obinze e Ifemelu é apenas o pano de fundo para um livro que do começo ao fim se propõe à crítica social. Ifemelu é uma personagem tão real que por muitas vezes penso que deve ser inspirada na própria vida da autora. Desde o princípio, a narrativa nos faz pensar no preconceito, que se pra mim enquanto mulher branca, abriu os olhos e fez pensar em pequenas discriminações do cotidiano, para a mulher negra que o lê deve haver reconhecimento e acolhimento. 

O livro venceu o National Book Critics Circle Award e foi eleito uma das melhores obras de 2013 pelo The New York Times Book Review. É um livro que ouso dizer ser necessário em um país que nega seu preconceito ao escondê-lo sob piadinhas de mau gosto e que me fez entender o racismo real, diário e doloroso que eu, enquanto mulher branca jamais havia entendido. Abriu meus horizontes de um jeito simples e permanente. É um calhamaço, desses que quando acabam a gente ainda quer o volume 2. 

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