ressaca

eu nunca fui de beber. não gosto do sabor de quase nada que recebe álcool e isso já me rendeu alguns apelidos de gente fresca, como sandy. normal, já me acostumei e não tenho nenhum problema em falar isso em alto e bom som. o que acontece é que normalmente, em carnaval a gente viaja... digo a gente, porque sempre faço isso com a família, é um momento ótimo de reunir todo mundo, ir pra praia e jogar muito papo fora, além de pegar uma boa corzinha e descansar um bom bocado. dessa bebida, adoro beber.
fico na praia em transe, experimentando cada momento como fosse o último, dando a cada mínimo detalhe toda a atenção, porque sei que são bateria para as coisas que virão. mas, como já era esperado, acabamos ficando em são paulo pela primeira vez em anos. foi gostoso, vi amigas, saí com o namorado, assisti mil filmes e li milhares de páginas de livros, coisa que também adoro. mas de alguma forma, me soou completamente estranho ficar alheia àquele universo que sempre me foi tão comum nessa época do ano, razão pela qual provavelmente senti uns estranhos ataques de euforia e ansiedade em alguns períodos do dia. de alguma forma, não fazer nada na praia e bem diferente de não fazer nada em são paulo.
mas o carnaval acabou e com ele começa o ano, como todo brasileiro bem sabe e é aí que vem a ressaca. a minha ressaca é lembrar que agora a rotina começa pra valer, com raríssimas pausas e poucos momentos de diversão, é viver o tempo de maneira pouco proveitosa para aquilo que considero realmente importante e é perceber que agora nós voltamos à vida real. agora a coisa realmente começa e não sei oque tem acontecido comigo, há quem diga que é o peso da maturidade chegando, mas eu simplesmente não consigo ver tudo isso com bons olhos. porque eu gosto mesmo é de ficar em casa, lendo meus livros, curtindo minha família e meu namorado, falando mal do mundo com as minhas amigas e fazendo mil receitas. saber que a rotina da faculdade veio pra ficar e que os textos maçantes vão recomeçar me aflingem. é uma ressaca braba, dessas que dói cabeça, corpo e alma.
mas passa.
pelo menos dizem que passa.

Comentários

Ana Luísa disse…
Nossa Flá, consegui me ver no seu texto. Também não gosto de quase nada que leva álcool, e mesmo quando gosto, bebo só um copinho, porque não vejo graça naquilo. Minha bebida é minha família e meus amigos, em momentos que me embriagam de felicidade! E eu também estou nessa mesma ressaca. Encarar a realidade depois de algo muito bom sempre dói.
Beijos!
disse…
é... a maturidade... eu bem sei...
e qdo a gente entra no mercado de trabalho... ai que a ressaca é das boas...rs...
beijos e bons estudos!
Anônimo disse…
Eu tbm nao gosto muito de beber; ás vezes só e de leve! pra mim, nao pega "muito bem", digamos ..
Sou muito mais ficar em casa, familia e namorado mesmo!

Beijoos flor!
Tô meio sumida, to tentando voltar com o InspireVerde, passe por lá quando der ;*

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