Em fevereiro tem carnaval

Eu não sou muito fã de carnaval. Talvez pra boicotar meus sentimentos intensos e esse modo de levar a vida, eu gosto do ambiente calmo e todo mundo aqui sabe que calmaria é praticamente o oposto do carnaval.
Na minha idade sou praticamente um ET, que nunca sonhou passar um dia no carnaval de Salvador e que tem horror àquele povo suado, pulando sem me deixar respirar, mas meus amigos já se acostumaram à isso. Se antes eu não gostava do carnaval, hoje já não tenho nada contra.

A idéia do carnaval a princípio é muito boa. Tirar uns dias pra esquecer as regras e comemorar felicidade em todos os cantos do Brasil, sair com amigos e família pra festejar, veja bem é positivo. A história e o dinheiro que as escolas de samba investem por aqui é uma coisa muito bonita de se ver. E eu tenho uma admiração enorme pelas mulatas que sambam perfeitamente em cima de santos de 1km de altura. Acho bonito o corpo, o gingado as fantasias minúsculas. É só assistir a qualquer desfile das escolas de samba campeãs SP-Rio com cuidado que você passa a admirar. O problema é a maldade que as pessoas veem nisso tudo. Como no Caldeirão do Hulk, onde o programa ia muito bem até os jogadores de futebol e julgadores das garotas passaram a fazer perguntas e piadinhas que escapam ao respeito da mulher. O carnaval passou a fazer muito mais referência à carne do que o seu propósito inicial. E este é o problema.

Não consigo olhar com bons olhos o governo balançando preservativos do palanque, as propagandas na televisão "é carnaval, aproveite com camisinha". Carnaval virou sinônimo de "faça sexo à vontade agora!"??? Sou contra! O problema do carnaval, é essa apologia ao sexo que ele se tornou, como se sair pegando geral fosse permitido nessa época do ano, banalização total do corpo, cedendo aos nossos instintos mais animais.

É claro que se for fazer, faça com segurança, mas eu só penso: a princípio não faça. Carnaval, carnaval, vulgaridades à parte.

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