A nova loira do tchan

Dizem que precisamos sentir o gosto do ruim para saber o que é bom, e eu tenho que concordar com isso, como boa apaixonada por KLB, Katinguelê e Karametade que já fui. Mas não pretendo me apegar à esse passado, porque se é pra falar de coisas condenáveis vamos logo estacionar no É o Tchan, que foi muito além de um passado condenável musicalmente.

Falando a verdade minha geração viu o tchan nascer e morrer, e eu acompanhei toda a trajetória. E lá se foram dias passados em casa na frente de um som rebolando, na ignorância da inocência sem saber de qual cobra eles se referiam quando diziam que ela fazia subir. Mais muitos outros minutos com um shortinho micro colado nas pernas que me davam toda a mobilidade possível, eu não era uma menina que eles conheceram lá do sul e também não entendia qual era o tal resultado que apareceria depois de nove meses.
E eu dançava direitinho o CD todo, no ula ula de lá, subindo e descendo, pegando o bumbum e sem entender porque colocar a mão na frente quando ele cantava o pra pegar no compasso. Sonhava em ter cabelo comprido para ele ter aquele movimento, enquantoa a pitchulinha aqui mexia a traseirinha no bambolear. E olha que foram muitos dias de coregrafia no põe, põe, põe, me fazendo enlouquecer, imaginando até o Tarzan botando pra quebrar.

A inocência e a ignorancia de uma criança são mesmo contagiantes. Há 9 anos atras sonhava em ser paquita ou ganhar o concurso de nova loira do tchan no Faustão. Mas faz de conta que não fui eu.

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